Jean-Jacques Antier diz: "Falemos então da alegria.
Do latim gaudium, podemos defini-la como uma viva satisfação do espírito, uma felicidade interior que enleva todo ser.
"A alegria é a passagem a uma perfeição ou a uma realidade superior", disse Spinoza. "Alegrar-se", acrescenta A. Compte-Sponville, "é sentir aumentar a própria força, é perseverar triunfalmente no ser". É, assim, uma exaltação de todo o ser, que se opõe à tristeza, a qual é uma diminuição, uma perda de força, uma entropia. A alegria é procurada de forma mais espontânea do que o prazer, porque ser feliz é principalmente existir, e não há nada mais agradável do que existir. É por isso que o amor é alegria, é "um algo mais de existência ou de perfeição".
Antes de tudo, a alegria, que traz a felicidade, resulta da harmonia entre o corpo e o espírito, o ser vivente e a natureza.
A alegria é contagiosa. Trazer alegria a alguém é uma grande virtude, e temos a paga de volta, porque a verdadeira felicidade é dar a alegria aos outros. Para que isso aconteça, é preciso que a própria pessoa tenha paz na alma e o coração em festa, o que é próprio das pessoas equilibradas e apaixonadas, que têm uma forte razão de viver. Em oposição, Spinoza se revoltava contra os "invejosos que sentem prazer com a nossa dor e que consideram virtude nossas lágrimas, nosso medo e outras marcas de impotência interior".
A alegria era para ele um sinal de perfeição. Quanto maior a alegria, tanto maior a perfeição, e tão mais necessário que participemos da natureza divina".
A alegria é, com efeito, um culto que se rende a Deus. É o barômetro da alma. [...]. A alegria, que também é um transbordamento de esperança, supõe uma grande fé em Deus ou no homem e um temperamento otimista. Evidentemente, é um dom de nascença, mas pode-se cultivá-lo, tanto mais porque jamais é puro. O homem é sempre atraído por sentimentos positivos e negativos, de confiança e de dúvida, como se houvesse nele dois espíritos. É nesse sentido que a alegria, como o otimismo, é uma virtude."
GUITTON, Jean. O livro da sabedoria e das virtudes redescobertas. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003. p. 153-154.
Antes de tudo, a alegria, que traz a felicidade, resulta da harmonia entre o corpo e o espírito, o ser vivente e a natureza.
A alegria é contagiosa. Trazer alegria a alguém é uma grande virtude, e temos a paga de volta, porque a verdadeira felicidade é dar a alegria aos outros. Para que isso aconteça, é preciso que a própria pessoa tenha paz na alma e o coração em festa, o que é próprio das pessoas equilibradas e apaixonadas, que têm uma forte razão de viver. Em oposição, Spinoza se revoltava contra os "invejosos que sentem prazer com a nossa dor e que consideram virtude nossas lágrimas, nosso medo e outras marcas de impotência interior".
A alegria era para ele um sinal de perfeição. Quanto maior a alegria, tanto maior a perfeição, e tão mais necessário que participemos da natureza divina".
A alegria é, com efeito, um culto que se rende a Deus. É o barômetro da alma. [...]. A alegria, que também é um transbordamento de esperança, supõe uma grande fé em Deus ou no homem e um temperamento otimista. Evidentemente, é um dom de nascença, mas pode-se cultivá-lo, tanto mais porque jamais é puro. O homem é sempre atraído por sentimentos positivos e negativos, de confiança e de dúvida, como se houvesse nele dois espíritos. É nesse sentido que a alegria, como o otimismo, é uma virtude."
GUITTON, Jean. O livro da sabedoria e das virtudes redescobertas. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003. p. 153-154.
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