domingo, 10 de maio de 2020

A força do hábito


Todo hábito ou capacidade é mantido e desenvolvido por suas atividades correspondentes: o hábito de caminhar nos faz caminhar melhor, a corrida regular transforma-nos em melhores corredores. O mesmo acontece com a nossa alma. Sempre que você se zanga ou fica com raiva, mais aumentam a sua zanga e sua raiva. Você intensifica um hábito e coloca lenha na fogueira.
Se você não quer ter mau gênio, não alimente o hábito. Não contribua com aquilo que possa intensificá-lo. Procure acalmar-se assim que puder e verifique os dias em que você não se zangou. "Eu costumava ficar com raiva todos os dias. Agora fico um dia sim, outro não. Depois, de três em três ou de quatro em quatro dias". Com o passar do tempo, o hábito vai se enfraquecendo e acaba sendo substituído por reações mais sábias.

FONTE:

Epicteto. A arte de viver. Interpretação de Sharon Lebell. Rio de Janeiro: Sextante, 2000. p. 55.






Pintura de Hans Purrmann (1880-1966)

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