sábado, 8 de outubro de 2016

Criatividade


"Conforme a excelência do pensamento de Voltaire, "o mundo me intriga, e não posso imaginar que este relógio exista e não haja relojoeiro".
A energia do Cosmo Universal produz de maneira constante as mais novas e admiráveis formas. Duzentas rosas amarelas são estruturalmente diferentes entre si, e num vasto canteiro de roseiras vermelhas nenhuma produz, no mesmo período, o mesmo número de botões e nem mesmo a exata configuração nas flores. Num país de milhões de habitantes do mesmo grupo étnico, cada um é dessemelhante e único. Essa é a criatividade originária das leis naturais ou divinas.
Em princípio, todos os homens podem criar. Os animais produzem, às vezes, coisas notáveis e surpreendentes, mas não criam, somente utilizam o instinto - indício da existência e desenvolvimento da criatividade em potencial. Os favos de mel, os ninhos dos beija-flores, a sociedade das formigas, as barragens dos castores vêm-se repetindo iguais desde a antiguidade babilônica, assíria e romana.
O ato de criar está intimamente ligado ao "senso de progresso" que existe em cada um de nós. Criar é a capacidade inata de desestruturar algo e reestruturá-lo em forma totalmente diferente e original. [...].
O homem só é capaz de modificar e moldar o mundo ao derredor se mudar sua própria concepção e conduta interior. Basta que ele transforme a si mesmo para ver o mundo a sua volta se alterar com ele. Atos e atitudes impulsionam as mais recônditas energias dos indivíduos, libertando-os ou aprisionando-os por meio das forças vivas e plasmadoras do pensamento. Cada pessoa vive em seu "mundo íntimo", e há tantos mundos quantas pessoas. Todos esses mundos são apenas fragmentos ou aspectos do mundo invisível. [...].
Tudo no Universo tem um aspecto divinamente criativo e educacional. Mesmo que não consigamos entender de momento essa causa, mais tarde tomaremos consciência de que era unicamente produto de nosso limitado estado de compreensão e discernimento evolutivo".
 
HAMMED (Espírito). Os prazeres da alma. Psicografado por Francisco do Espírito Santo Neto. Catanduva, SP: ao Nova Editora, 2003. p. 163-167.
 
 
Pintura de Adolphe Alexandre Dillens (1821-1877)
 
 
 


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