Dói-me o coração e um torpor atormenta
Meus sentidos, como se da cicuta eu tivesse bebido,
Ou esvaziado nas veias algum opiato entorpecente
Apenas um minuto atrás, e me atirado no Lete:
Não é por inveja de tua felicidade,
Mas por demais alegrar-me com tua ventura -
Que tu, Dríade de asas ligeiras entre os arvoredos,
Em algum recanto melodioso
De verdes faias e inúmeras sombras,
Cantes, a plena voz, o verão.
Ode a um Rouxinol
John Keats (1795-1821)
"Não é surpreendente que o lírio-do-vale simbolize a volta da felicidade, uma vez que ele é a flor mais encantadora que se pode imaginar. Com suas delicadas campânulas brancas e inconfundível aroma cheio de frescor, acredita-se que ele atraia o rouxinol de seu ninho e o conduza à sua fêmea.
Ele é o símbolo da festa da primavera e era conhecido como lírio-de-maio (mês de primavera na Europa) e como lágrimas-de-nossa-senhora, pelo fato de ter brotado das lágrimas derramadas pela Virgem Maria ao pé da cruz. As flores foram cultivadas por monges para enfeitar o altar e eram chamadas de escada-para-o-céu porque as minúsculas flores em forma de campânulas crescem como degraus subindo pelo caule".
A LINGUAGEM das flores. São Paulo: Melhoramentos, 1989. p. 62-63.
Anônimo. LINGUAGEM as flores. 1989.
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